domingo, 13 de dezembro de 2009

Liberdade é pouco.
O que eu desejo ainda não tem nome.
(Clarice Lispector)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Contagem regressiva!

Faltam poucos dias para ir ao Brasil...Serao 3 semanas tranquilas em casa, com minha família e aproveitando o verao (que nao pude aproveitar este ano na Europa). Estou feliz, mas hoje tive uma sensaçao de que vou encontrar o Brasil exatamente como deixei...é sempre assim. Hoje fui buscar o meu passaporte no consulado aqui em Barcelona. INCRÍVEL!Nao vou narrar toda a odisséia... mas tenho que dizer que a desorganizaçao é incrível...Saí de lá sem vontade de ir ao Brasil...gente que fura fila, sem educaçao e o jeitinho brasileiro imperando...
A Espanha tem vááááários defeitos,mas acho que ainda tem mais coisas boas pra mim aqui do que no Brasil...ao menos, por enquanto...

domingo, 6 de dezembro de 2009

A cada dia aprendemos alguma coisa...


Estes últimos dias me serviram para aprender... Aprender a não acreditar em pessoas que só pensam em dinheiro...a dar o valor devido aos amigos de verdade e apenas ignorar aquelas pessoas que se fazem de amigos, afinal, não vale a pena se estressar com eles.Aprendi também que não sou o tipo de pessoa que sabe fingir que tudo está bem se não está...que tenho a paciência mais curta que qualquer pessoa que conheço pras coisas sem importância e que tenho a maior paciencia do mundo pro que realmente interessa.
Faltam duas semanas pra eu ir ao Brasil e estou feliz e triste ao mesmo tempo...Adoro a idéia de ver a minha família reunida de novo, mas realmente gostaria que o Félix pudesse vir comigo, o que é impossível nessa época pra ele.
Essa semana também ví que é impossível aguentar a estupidez de alguém por muito tempo, que a chance que as pessoas realmente mudem pra melhor é muito remota e que às vezes é melhor apenas deletar estes seres da nossa vida.
Meu lema agora é : Só faço o que amo e só amo o que vale à pena.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Álvaro de Campos

Não

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...