terça-feira, 2 de outubro de 2007


"Havendo isto, há aquilo; quando isto se origina, aquilo se origina. Sendo assim, havendo a ignorância, há o nome-e-forma. Havendo o nome-e-forma, há os seis órgãos de percepção, há o contato; havendo o contato, há a percepção; havendo a percepção, há o apego; havendo o apego, há o desejo; havendo o desejo, há a existência; havendo a existência, há o nascimento, há a velhice, a morte, a preocupação, a tristeza, o sofrimento, o pesar e o desespero".

O credo budista consiste nas «quatro verdades santas»:

1- Toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento;
2- Este sofrimento é causado pela ignorância, pelo desejo ardente ou apego – esforço constante para encontrar algo de eterno e estável num mundo transitório;
3- O sofrimento ou insatisfação pode-se superar na totalidade – é o Nirvana;
4- Consegue-se alcançar a nirvana seguindo o nobre cominho das Oito Vias: (estas oito vias não têm de ser seguidas por um ordem estabelecida)

- compreensão certa (ou fé pura)

- pensamento dirigido certo (ou vontade pura)

- discurso certo (ou linguagem pura)

- conduta certa (ou acção pura)

- esforço certo (ou aplicação pura)

- vida certa (ou meios de subsistência puros)

- atenção certa (ou memória pura)

- concentração certa (ou meditação pura)

Par alcançar a purificação absoluta e, por conseguinte, a iluminação, o Budismo propõe numerosos exercícios. O «Yoga» é o principal.

O budismo acredita que um ser humano antes de atingir o Nirvana, lugar de absoluta tranquilidade, onde o sofrimento não existe, passa por diversos renascimentos. No interior de roda da vida jazem as seis esferas de existência onde os seres podem ser obrigados a renascer:

o reino dos deuses

o dos asuras ou deuses rebeldes e ciumentos;

a dos famintos (pretas);

o dos infernos

o dos animais

o dos seres humanos, caracterizado pelo nascimento, velhice, doença, mal - estar e morte

No Budismo não existe a alma. Há somente a sequência de um momento de aparecimento que dá origem ao seguinte, de forma que a morte representa simplesmente uma nova forma de aparecimento, como ser humano ou animal, no céu ou no inferno.

Os três pecados principais do Budismo:

- a ganância (representada pelo porco)

- o ódio (representado pela serpente)

- a ilusão (representada pelo galo)

"Consumido pelo desejo ardente, enraivecido pelo ódio, cego pela ilusão, esmagado e desesperado, o homem contempla a sua própria queda, a dos outros e ambos em conjunto"


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